Estado está em 2º no ranking de focos de incêndio, de acordo com Inpe. Deputado quer reforçar medidas de combate –
Após receber parecer favorável da Frente Parlamentar Agropecuária, durante a semana, o projeto de lei 188/2023, do deputado Max Russi (PSB), que determina a implantação de bases de controle de queimadas nas vias estaduais de Mato Grosso, foi aprovado em segunda votação pela Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (20) e pode ser sancionado pelo governo estadual.
Pelo texto, a intenção é que essas unidades sejam anexadas a postos da Polícia Militar, localizados nas rodovias, com disponibilização de equipamentos e apoio de pessoas qualificadas, tudo em regime de plantão. A infraestrutura contará com sala, telefone de emergência, carro de apoio e um computador.
“Temos um grande desafio pela frente, por isso precisamos agir. Esse também é entendimento dessa Casa de Leis, que acredita nesse projeto. E necessário planejar e tomar as medidas, pois são muitas as consequências das queimadas, seja na saúde, seja no meio ambiente, fauna, flora e, principalmente, na produção do nosso estado, em nosso agronegócio”, avalia Max Russi.
Dados do Monitor do Fogo MapBiomas apontam que Mato Grosso é o estado que mais teve foco de queimadas em 2022. Os números informam que o fogo consumiu mais de 3,5 milhões de hectares, entre janeiro e dezembro de 2022. Já nesse ano já são 13141 focos de queimadas registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em todo o território mato-grossense.
O deputado Max Russi acredita que tudo isso possa estar ligado não somente a incêndios criminosos, mas também à previsão de estiagem, altas temperaturas, umidade relativa do ar baixa e fortes ventos, favorecendo a ocorrência de incêndios florestais.
“Temos um estado que possui uma forte onda de calor. É tempo seco e isso também é um ambiente favorável para as queimadas acontecerem”, reconhece.
Desde agosto, estamos em período proibitivo do uso do fogo para limpeza e manejo de áreas rurais. Essa medida segue até o dia 31 de outubro, para ampliar as ações de combate aos incêndios nesse período considerado crítico.