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Avallone defende ação coordenada entre Poderes para evitar feminicídios

Mato Grosso é o quarto estado com maior taxa de feminicídio no país, com 2,3 mortes a cada 100 mil mulheres –

Gabinete do deputado Carlos Avallone –

Mato Grosso é o quarto estado com maior taxa de feminicídio no país, com 2,3 mortes a cada 100 mil mulheres, atrás apenas do Acre, Alagoas e Amapá (2,5). Os dados foram divulgados hoje (5) pelo Monitor da Violência, uma parceria do site G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 

A taxa média no país é de 1,2 por 100 mil, quase a metade do percentual de Mato Grosso. Em 2019 o estado registrou 39 feminicídios, três a menos que em 2018 (42). Apesar desta pequena redução nos crimes, Mato Grosso registrou aumento de 6,1% no número total de homicídios contra mulheres, de 82 em 2018 para 87 em 2019.

Para o deputado Carlos Avallone (PSDB), embora a taxa de feminicídios em Mato Grosso tenha caído, a redução não é significativa e a situação continua vergonhosa e preocupante. 

“Precisamos intensificar as políticas públicas de prevenção específicas para o problema, muito além das políticas de controle da criminalidade em geral. O feminicídio envolve um certo grau de previsibilidade, pois acontece principalmente no ambiente doméstico, onde a violência se expressa de forma mais frequente e brutal. Esse fator pode facilitar a implementação de estratégias de prevenção e impõe uma ação coordenada entre todos os Poderes”, disse Avallone.

Ele lembrou que também é preciso investir em políticas de educação voltadas à equidade de gênero e na valorização da dignidade e dos direitos humanos das mulheres, bem como em políticas preventivas em todos níveis de governo. “Os homens e os meninos precisam ser educados para aprender a respeitar as mulheres, é preciso reverter esta cultura machista que considera a mulher uma propriedade dos homens”, disse o deputado.

Monitor da Violência

O Brasil teve um aumento de 7,3% nos casos de feminicídio em 2019 em comparação com 2018. São 1.314 mulheres mortas pelo fato de serem mulheres, uma a cada 7 horas, em média. A alta dos feminicídios acontece na contramão do número de assassinatos de mulheres no Brasil em 2019, que caiu 14% em comparação com 2018 (neste caso são listados também os crimes não classificados como feminicídios). 

Carlos Avallone ressaltou que o Poder Legislativo continua trabalhando para reduzir essas estatísticas. “Esta semana aprovamos por unanimidade o Projeto de Lei 328, do deputado Dilmar Dal Bosco (DEM), que cria um sistema integrado de informações sobre violência contra a mulher, o Observatório Estadual da Violência Contra a Mulher. O Observatório vai coordenar e analisar dados e promover a integração de informações entre os órgãos que atendam mulheres fragilizadas, nas áreas da justiça, segurança pública, saúde e assistência social”, destacou.


Gabinete do deputado Carlos Avallone

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