sexta-feira, fevereiro 14A NOTÍCIA QUE INTERESSA
Shadow

Brasil tem colheita suficiente de feijão apesar de perdas no Rio Grande do Sul

Queda nos preços aponta para possível necessidade de exportação do excedente –
Brasil tem colheita suficiente de feijão apesar de perdas no Rio Grande do Sul

O Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe) confirmou que o Brasil não precisará importar feijão este ano, mesmo com as perdas na produção do Rio Grande do Sul devido às chuvas. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra total estimada para 2024 é de 3,2 milhões de toneladas. O Rio Grande do Sul representa 2,2% desse total, e praticamente toda a produção já havia sido colhida antes das chuvas no estado.

Apesar das adversidades climáticas no Rio Grande do Sul, o mercado está em um cenário de preços em queda. Nos últimos 30 dias, o valor do feijão no campo sofreu uma redução de 43% em comparação ao mesmo período do ano passado. Essa tendência de queda nos preços deve, em breve, ser repassada aos supermercados, refletindo-se em preços mais baixos para os consumidores.

Diante desse cenário, o Ibrafe destaca que o Brasil não só terá produção suficiente para suprir a demanda interna, como também precisará encontrar formas de escoar o excedente, especialmente do feijão-preto. Para evitar que o excesso de produção prejudique os produtores, o instituto sugere algumas estratégias para o governo apoiar o setor e manter os agricultores motivados para a safra de 2025:

1. Inclusão em Programas Sociais:

O governo poderia incluir o feijão-preto em programas sociais como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Essa medida garantiria a compra do feijão pelos produtores e sua distribuição para escolas, hospitais e outras instituições. Parte do excedente poderia ser direcionada para famílias em situação de vulnerabilidade.

2. Campanhas de Conscientização:

Campanhas de marketing promovendo o consumo de feijão-preto poderiam aumentar a demanda interna. Divulgar receitas saborosas, benefícios nutricionais e dicas culinárias através de mídias tradicionais e digitais, bem como em escolas, poderia estimular o interesse do público pelo feijão.

3. Contratos de Opção:

Nessa modalidade, o Governo Federal se comprometeria a comprar o feijão dos produtores a um valor pré-estabelecido em um momento futuro. Se os preços de mercado estiverem abaixo desse valor, o produtor teria a opção de entregar o produto ao governo, garantindo um preço mínimo.

4. Exportação:

O governo poderia apoiar a busca de mercados internacionais para exportação do feijão excedente, gerando receitas adicionais para o país e equilibrando a oferta no mercado interno.

Com essas medidas, o Ibrafe acredita que o Brasil pode manter um equilíbrio entre produção e consumo, garantindo tanto a estabilidade dos produtores quanto preços acessíveis para os consumidores.

Fonte: Portal do Agronegócio

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

WhatsApp
Enviar um WhatsApp para a redação