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Copa América traz pressão, mas é trunfo para Dorival em busca por Brasil ideal

A Seleção Brasileira estreará contra a Costa Rica em 24 de junho e terá um teste importante para as eliminatórias para a Copa do Mundo da FIFA 26™ –

FIFA

Dorival Júnior assumiu a Seleção Brasileira no início de 2024, no meio do ciclo entre duas edições da Copa do Mundo da FIFA™. Há vantagens e desvantagens nisso: com a proximidade da Copa América da CONMEBOL nos Estados Unidos, o técnico pode testar seu time em um contexto altamente competitivo e desenvolver um padrão para as eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo da FIFA 26™. No entanto, é um cenário em que inevitavelmente há pressa para a adaptação do elenco.

Afinal, a Copa América em si é importante como mais do que um mero torneio preparatório. Uma boa campanha pode reforçar a confiança da torcida.

Comparando, a Argentina foi campeã continental em 2021 e quebrou um jejum de grandes títulos que incomodava o país desde 1993. No ano seguinte, a Albiceleste já estava mais leve e conquistou a Copa do Mundo de 2022 – para muita gente, essa campanha de confiança e sucesso começou na Copa América 2021. Por outro lado, eventuais resultados negativos no torneio poderiam gerar pressão para qualquer time.

“Para o Brasil, nem amistoso é amistoso. Muitos dizem que só a Copa do Mundo é importante para o Brasil, mas, se não ganhamos os outros torneios, nos cobram demais. Vamos para os EUA para ganhar a competição. A Copa do Mundo ainda está longe, mas com certeza ir bem na Copa América vai ajudar muito para seguir sendo convocado, e cada jogador tem de se justificar cada vez que é convocado”, disse Endrick à FIFA.

Dorival, por sua vez, está confiante na capacidade de seu elenco, mas também sabe que seu trabalho envolve projeções e desenvolvimento rumo a 2026. “É uma Seleção jovem. Porém, temos dois anos ainda [até a Copa do Mundo] para atingir um melhor momento e uma melhor condição nas eliminatórias. Acredito que aos poucos essa equipe vai amadurecer, criar corpo e dar oportunidade aos jovens”, disse o técnico em coletiva.

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Nesta semana, em amistosos de preparação para a Copa América, o Brasil venceu o México por 3 a 2 e empatou com os Estados Unidos por 1 a 1. Depois destes jogos, Dorival voltou a dizer que está confiante e gosta de como o time tem se desenvolvido, embora tenha insinuado que ainda tem dúvidas sobre alguns titulares – sem dizer quais.

“Eu saio não só com certezas e dúvidas: saio com muita confiança. Estamos em um caminho importante, é natural haver desequilíbrio dentro das partidas. Nós jogamos com duas formações completamente diferentes, mas com jogadores que já – pelo pouco tempo de trabalho – conseguem desenvolver um pouco do que queremos. Teremos mais dias pela frente, espero que possamos dar um salto de qualidade”, afirmou Dorival.

Na teoria, há tempo para corrigir as oscilações: a estreia na Copa América contra a Costa Rica será apenas em 24 de junho. Antes disso, o treinador da Seleção Brasileira teve chance de testar atletas diferentes e variações táticas, tentando evitar um jogo posicional rígido, numa transição gradual para pôr em prática o estilo que ele deseja.

“Parece ser uma equipe com jogo posicional, mas é tudo que eu não quero. Quero que as posições sejam preenchidas com alternância. Quero muita liberdade de movimentos para que possamos chegar com muitos homens para concluir as jogadas. Isso aconteceu contra o México, tivemos alternâncias dos dois lados, atacamos espaços, buscamos jogadas bem conscientes. Pontos muito positivos”, comentou Dorival.

Essa transição de Dorival acontece sem a figura de Neymar, em recuperação de uma cirurgia no joelho. De todo modo, não é que falte talento criativo a uma equipe que conta com figuras como Vinicius Junior e Rodrygo, prontos para brilhar cada vez mais pela Seleção. Mas Dorival confia no crescimento coletivo ao longo do torneio: “É uma equipe jovem, mas consistente e que crescerá. Existe uma confiança enorme de que possamos fazer uma grande Copa América”.

Entre os jovens talentos, Endrick parece ser uma peça-chave. Não só pela capacidade de fazer gols decisivos – como os que marcou nos amistosos contra Inglaterra, Espanha e México –, mas também por demonstrar versatilidade e disposição para assumir diferentes funções no ataque.

“Eu quero jogar. Pode ser de um lado, do outro, na área, do meio para o ataque. Vou ficar feliz se for escolhido. Quanto mais funções eu puder fazer, melhor para mim e para o grupo. Vamos ter jogos em que vamos marcar rápido e precisar segurar resultado, e outros em que vamos ter de ‘correr atrás’. Então, saber fazer muitas coisas me ajuda a estar mais tempo no campo”, disse Endrick.

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