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Aprosoja-MT mostra andamento da safra de grãos nos Estados Unidos

Vice-presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, lidera missão nos EUA para mostrar safra de milho e soja para produtores mato-grossenses –
Aprosoja-MT mostra andamento da safra de grãos nos Estados Unidos
Foto: Lucas Cost Beber: Aprosoja-MT mostra andamento da safra de grãos nos Estados

Nuvens de incertezas pairam sobre a agricultura brasileira, que tem buscado formas de reduzir os prejuízos na safra 2022/23, quando as cotações de milho e soja despencaram. Conforme informações do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o preço do milho reduziu 44% em um ano, saindo de R$ 61 em junho de 2022 para R$ 34 em junho de 2023.

No entanto, a cotação do milho chegou na casa dos R$ 80 nos meses anteriores, começo de 2022, demonstrando uma queda ainda maior. Já a cotação da soja saiu de R$ 161 em junho do ano anterior para R$ 105, queda de mais de 34% nesse período. Esses números representam uma média de todo Mato Grosso, podendo variar de acordo com cada município.Play Videohttps://imasdk.googleapis.com/js/core/bridge3.578.0_en.html#goog_280986869Advertisement: 0:08

Nesse cenário, é importante que os produtores se mantenham informados e, para levar essas informações, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) está realizando a missão “América Clima e Mercado”, para conhecer a realidade da safra de grãos dos Estados Unidos da América (EUA) e transmitir essas informações aos seus associados.

A missão é capitaneada pelo vice-presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, que está percorrendo o ‘Cinturão do Milho’, que abrange os estados de Iowa, Illinois, Nebraska, Minnesota, Indiana, Kansas, Dakota do Sul, Dakota do Norte, Missouri, Wisconsin e Ohio. A produção desses estados deve influenciar os preços nos próximos meses.

De acordo com Lucas, as cotações brasileiras são balizadas pela Bolsa de Chicago, mas é cedo para afirmar se haverá uma supersafra ou quebra de produção nos EUA. Segundo Lucas, o comportamento do clima nas próximas semanas deverá definir a produção americana, que só tem a opção de plantar uma safra, tendo que escolher entre o milho, principal cultura, e a soja.

Lucas observou que as lavouras estão em estágios distintos, apontando que o plantio ocorreu de forma espaçada. Além disso, algumas lavouras estão utilizando pivôs de irrigação, o que reforça a tese de que algumas regiões estão sofrendo com escassez hídrica. Todos os vídeos da missão “América Clima e Mercado” estão no YouTube da Aprosoja-MT com mais detalhes. 

“No Norte de Indiana, vimos o milho sentindo a falta de chuva, eram folhas retorcidas, porém ele não apresentava sinais mais fortes que podiam causar perdas […]. Então, vindo a chuva nos próximos dias, as lavouras têm chances de se recuperar. E nas lavouras de soja, a gente viu muitos pivôs, o que é um sinal que realmente faltava umidade”, disse Lucas.

Já em outros trechos, como em Minnesota, foi possível observar que os solos estavam encharcados em razão de grandes volumes de chuva. Nesse estado, entretanto, Lucas também observou lavouras de milho próximas a Marshall, Minnesota, que haviam sofrido com chuvas de granizo em Marshall.

Até essa segunda-feira, foram mais de 70 lavouras de milho visitadas e cerca de 60 lavouras de soja.

A lavoura que mais chamou a atenção, segundo Lucas, está localizada nas fronteiras dos estados de Minnesota, Dakota do Sul e Dakota do Norte. “Foi a primeira lavoura que vimos milho com as folhas amareladas, além de chamar muito a atenção, entrando no estado da Dakota do Norte, o estande de plantas de soja e má-qualidade de plantio”, destaca.

O vice-presidente também destaca que, mesmo as lavouras consideradas boas precisam de chuvas para que não percam a qualidade. Além disso, a maioria das lavouras estão em estágios iniciais, sendo a maior parte delas em estágio vegetativo, portanto, não entraram nas fases mais sensíveis, que são o florescimento, formação de vagens e enchimento de grãos.

“Esse período é o mais crítico, ele precisa de chuvas suficientes para garantir uma boa safra. Isso vai depender do andamento do clima nos próximos 40 dias”, lembra.

“Nós não estamos vendo nada extremo, não vemos uma extrema seca, para dizer que tem plantas morrendo, não vimos isso. Porém, não está tudo bem, teve muitas lavouras que sofreram, mesmo com ajuda da chuva. A safra está ocorrendo normalmente, mas é especulação falar que haverá quebra ou terá uma supersafra”, conclui Lucas.

Na terça-feira (27), a missão América Clima e Mercado terminou de percorrer o lado Leste do Cinturão do Milho, chegando a Dakota do Norte. Agora, a missão retorna passando pelo lado Oeste, voltando para Illinois.

Fonte: Aprosoja MT

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