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Portos movimentam 1,6% menos em 2019; minério e soja caem 10%

O resultado foi puxado pela queda de 10% nas operações de minério, 39,2 milhões de toneladas a menos dessa carga, que sofreu influência do rompimento da barragem de Brumadinho (MG) e das chuvas em regiões onde estão localizadas minas da Vale, o que impactou operações da companhia. No Brasil, o minério tem 33% de participação na movimentação portuária total.

“Se houvesse a mesma movimentação de minério em 2018, teríamos 1,9% de crescimento na movimentação de carga no Brasil”, analisou o gerente de avaliação de dempenho e estatísticas, Fernando Serra.

O transporte de soja também caiu 10%, totalizando 92,4 milhões/t, volume de certa forma compensado pela movimentação de 55,7 milhões/t de milho, cuja exportação cresceu 58% frente a 2018. O embarque de soja em vias interiores cresceu 4%. Os dados constam no anuário estatístico 2019 da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

A queda das exportações de soja em 2019 sofreu efeitos da gripe suína na China e da menor safra. A segunda safra de milho em 2019 cresceu 34%, enquanto a produção de soja caiu 4%, segundo dados do IBGE. Esses dois produtos representaram 89% da participação na safra do ano passado. Ao todo, 66% das exportações da soja brasileira foram enviadas para China. O envio de soja para outros mercados no exterior aumentou somente 1,9 milhão de toneladas em 2019 sobre ano anterior. A movimentação de granéis sólidos somou 680,2 milhões de toneladas em 2019, queda de 5,1% em comparação com 2018. A carga representa 62% de participação na logística portuária brasileira.

Já as operações com granéis líquidos no ano passado atingiram 251,5 milhões/t, um crescimento de 6,9% sobre 2018. Destaque para 13,2% de crescimento em óleos brutos. Segundo a Antaq, 61,2% dos granéis líquidos correspondem a movimentos de produtos trazidos de plataformas de petróleo para os portos. No Brasil, 60,5% dos movimentos com granéis líquidos se dão por cabotagem. A movimentação de petróleo e derivados nos portos foi de 224,7 milhões/t, 11% de crescimento sobre 2018. A exportação de óleo bruto cresceu 37% no período 2018-2019.

A carga geral solta caiu 3,1%, totalizando 55,7 milhões/t em 2019. O principal fator de queda foi madeira in natura (-19,8%). O destaque positivo foi o crescimento de 12,6% de movimento de carga geral em Rio Grande (RS), puxado pela celulose. O relatório destaca ainda que, nos últimos nove anos, houve 31,5% de crescimento em movimentação de cargas no setor portuário.

Fonte: Portos e Navios

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