Fênomeno El Niño capturado pela Nasa Sentinel-6 Michael Freilich/Nasa –
Apesar de considerado como forte, o fenômeno El Niño deve ter a intensidade enfraquecida de moderada para fraca nos próximos meses. A partir do segundo semestre deste ano, há probabilidade maior de 50% de que a La Niña se forme e passe a resfriar as águas do Oceano Pacífico.
Divulgado na última sexta-feira (2), o quinto boletim foi feito pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastre (Cenad).
As previsões de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) para a região do Oceano Pacífico Equatorial indicam alta probabilidade (98%) de que as condições do El Niño continuem a se manifestar nos próximos meses e persistam até, pelo menos, abril deste ano. O fenômeno é responsável por aquecer as águas dessa porção do oceano.
As anomalias de TSM na região do Pacífico central devem ser inferiores a 1,4ºC. As mudanças de temperatura devem chegar a normalidade em entre abril, maio e junho, com 66% de chance.
Formação da La Niña
O boletim mostra que, a partir do segundo semestre de 2024, existe possibilidade de formação do fenômeno La Niña, com probabilidade superior a 50%. O fenômeno oceânico caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais de partes central e leste do Pacífico Equatorial e de mudanças na circulação atmosférica tropical.
O impacto se dá nos regimes de temperatura e chuva em várias partes do globo, incluindo a América do Sul, segundo o Inmet.
Mais sobre o El Niño
O fenômeno é um padrão climático que se origina no Oceano Pacífico ao longo da Linha do Equador e afeta o clima em todo o mundo.
A água quente normalmente está confinada no Pacífico ocidental pelos ventos que sopram de leste a oeste, em direção a Indonésia e a Austrália. No entanto, durante o El Niño, os ventos diminuem e podem até inverter a direção, permitindo que a água mais quente se espalhe para o leste, chegando até a América do Sul.
Os cientistas ainda estão procurando uma resposta sobre por que isso acontece, mas a desaceleração desses ventos pode durar semanas ou até meses.
Fonte: CNN