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Varíola dos macacos. O que se sabe até agora sobre esta doença viral rara

Existem 14 casos de infeção confirmados em Portugal. Mas, afinal, que doença é esta? De onde vem? Tem cura? Eis oito perguntas e respostas sobre o vírus Monkeypox –
Varíola dos macacos. O que se sabe até agora sobre esta doença viral rara

NOTÍCIAS AO MINUTO/LIFESTYLE

Portugal tem, para já, 14 casos de infeção pelo vírus Monkeypox, a varíola dos macacos. Existem ainda duas amostras em análise. Relativamente aos restantes casos suspeitos, as amostras ainda serão remetidas para análise pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Mas que vírus  é este? É grave? Para que nada fique por esclarecer, o Lifestyle ao Minuto preparou oito perguntas e respostas sobre a doença. Veja abaixo:

1- O que é o Monkeypox?

A varíola dos macacos é uma doença viral rara provocada pelo vírus Monkeypox, do tipo Ortopoxvírus, tal como o vírus da varíola comum ou aquele que causa a varíola das vacas. É uma doença zoonótica, ou seja, é transmitida de animais para humanos, como a Covid-19. 

2- Quando surgiu?

O Monkeypox foi identificado, pela primeira vez, em 1958, de acordo com dados do Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. Os primeiros dois surtos surgiram em macacos usados para investigação, daí o nome. Mais tarde, em 1970, foi identificado o primeiro caso humano da doença na República Democrática do Congo. Desde então, foram surgindo casos na África Central e Ocidental e, com menor expressão, na América do Norte, Europa e Ásia.

3- É contagiosa?

Sim. A doença é transmissível através de contacto com animais, como macacos e roedores (incluindo aqueles que são mantidos como animais de estimação) e que podem ser portadores de Monkeypox. É também transmitida através de contacto próximo com pessoas infetadas ou com materiais contaminados, como roupa. Contudo, a DGS afirma em comunicado que, “habitualmente, não se dissemina facilmente entre os seres humanos”.

4- Quais os sintomas a que devo estar atento?

Os indivíduos que apresentem lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, devem procurar aconselhamento clínico. A doença pode evoluir para broncopneumonia, sépsis ou encefalite, ou à infeção da córnea que pode conduzir à perda de visão. Com menos frequência, pode até levar à morte. A Organização Mundial de Saúde refere que o período de incubação do vírus é geralmente de seis a 13 dias. Porém, os sintomas podem manifestar-se até 21 dias depois da infeção pelo vírus.

5- Perante sintomas suspeitos, o que devo fazer?

Deverá abster-se de contatos físicos diretos. 

6- É grave?

A taxa de mortalidade varia entre 0 e 11%. As crianças alvo de exposição prolongada ao vírus são as principais vítimas mortais do vírus.

7- Tem cura?

Não há nenhum anti-vírico direcionado ao vírus. “A abordagem clínica não requer tratamento específico, sendo a doença habitualmente autolimitada em semanas”, refere a DGS. Por norma, a infeção passa por si, sem necessitar de qualquer intervenção médica, no espaço de 14 a 21 dias. 

8- Há motivo para alarme?

Não. A DGS e o INSA mantêm-se a acompanhar a situação a nível nacional e em articulação com as instituições europeias. “Os casos identificados mantêm-se em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis”, adianta a DGS. Neste momento, decorrem ainda os inquéritos epidemiológicos, com o objetivo de identificar cadeias de transmissão e potenciais novos casos e respetivos contatos.

Monkeypox? “Não é uma doença sexualmente transmissível, é um vírus”

O Ministério da Saúde espanhol confirmou sete casos de Monkeypox (varíola dos macacos) e 22 sob investigação em Espanha. O jornal La Razón, detalhou que os casos confirmados são todos homens de Madrid. 

Devido ao fato de os casos confirmados se tratarem de homens que mantiveram relações homossexuais – que já levou a teorias de que a transmissão possa ser feita através de contato com mucosas durante relações sexuais -, a ministra da Saúde espanhola, Carolina Darias, veio esclarecer que se trata de um vírus e não de uma doença sexualmente transmissível (DST). 

Darias sublinhou que o vírus se propaga e se transmite por contacto próximo e que “surgiu nos anos 70 na África devido à transmissão de animais às pessoas, pelo que uma zoonose viral”.

“Não é uma doença sexualmente transmissível, é um vírus”, frisou. 

Sublinhe-se que já foram confirmados 14 casos do vírus em Portugal. Os sintomas, explicou a Direção Geral de Saúde (DGS), são “lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço”. 

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