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Covid-19: Sobreviventes podem experienciar efeito fatal até 1 ano depois

Especialistas revelam que pessoas que contraem o novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, apresentam um risco mais elevado de experienciarem um derrame ou acidente vascular cerebral (AVC) –
Covid-19: Sobreviventes podem experienciar efeito fatal até 1 ano depois

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Os derrames são uma emergência médica e ocorrem quando é cortado o suprimento de sangue para determinada parte do cérebro, reporta um artigo publicado pelo jornal britânico The Sun.

Há geralmente duas causas principais, sendo que o AVC pode ter origem num coágulo de sangue ou devido ao rebentamento de um vaso sanguíneo no cérebro. Outra condição relacionada é denominada de ataque isquémico transitório (AIT), no qual o suprimento de sangue para o cérebro é temporariamente interrompido.

Ora, os médicos que investigaram a doença após a infeção por Covid descobriram que as pessoas que tinham o vírus apresentavam um risco 72% maior de insuficiência cardíaca após 12 meses.

Mesmo aqueles que não ficam suficientemente doentes para necessitarem de hospitalização podem desenvolver problemas.

Num artigo escrito para a revista científica Nature Medicine, médicos alertaram que efeitos a longo prazo poderiam ser vistos no coração e no sistema vascular.

Estes incluem paragem cardíaca, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral, ritmo cardíaco irregular, coágulos sanguíneos, doenças dos vasos sanguíneos e distúrbios causados pela inflamação do organismo.

Especialistas analisaram dados de mais de 11 milhões de veteranos norte-americanos, incluindo 154 mil que haviam sofrido de Covid-19.

Adicionalmente, estimaram o risco de desenvolvimento de 20 doenças cardiovasculares no período de um ano após a infeção.

Os investigadores descobriram que aqueles que tinham Covid um ano antes registavam um risco significativamente mais elevado dessas patologias, em comparação com indivíduos que não haviam sido infetados pelo SARS-CoV-2. 

Esse risco aumentou conforme a seriedade do caso. 

Evelina Grayver, diretora de saúde cardíaca feminina da clínica Northwell Health em Nova Iorque, nos Estados Unidos, que não estave envolvida no estudo, disse à Fox News: “foram diagnosticados 20 distúrbios cardíacos em pacientes que sofriam de Covid longa”. 

“O mais comum é a falta de ar e a fadiga”. 

“As novas arritmias, ou os ritmos cardíacos anormais que as pessoas experienciam, também são significativos e podem tornar-se incrivelmente debilitantes para muitos doentes”, concluiu Grayver. 

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