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Dados genéticos de laboratório de Wuhan analisados pelos serviços secretos americanos

RTP –

Os norte-americanos acreditam que os dados genéticos podem conter informação valiosa sobre as origens do SARS-Cov-2, o vírus que causou a pandemia de Covid-19

Os norte-americanos acreditam que os dados genéticos podem conter informação valiosa sobre as origens do SARS-Cov-2, o vírus que causou a pandemia de Covid-19© Roman Pilipey/EPA 

Para determinar a importância da descoberta dos serviços secretos dos EUA, será necessário decifrar o vasto conjunto de informações com modelos genéticos retirados de amostras do vírus estudadas no laboratório de Wuhan.

Também está por esclarecer os métodos e o momento da obtenção desta informação pelas agências secretas norte-americanas. Como as máquinas envolvidas no processo de criação e processamento deste tipo de informação genética a partir de vírus estão ligadas a servidores externos com base em nuvem, as fontes contactadas com a CNN deixam em aberto a possibilidade de terem sido pirateados.

No entanto, converter estes dados em informação utilizável será um grande desafio. Os serviços secretos contam com os supercomputadores dos laboratórios do departamento de Energia, um conjunto de 17 instituições públicas de investigação, mas constituir um grupo de cientistas com as características necessárias para a tarefa não será fácil.

Além de serem qualificados para interpretar os complexos dados de sequenciamento genético, devem ter um determinado nível de autorização de segurança e precisam de um excelente nível de leitura de Mandarim, uma vez que a informação está escrita neste idioma e emprega vocabulário especializado.

“É um grupo muito reduzido. E não (podem ser) quaisquer cientistas, mas os (que são) especializados em ciências biológicas. Estão a ver como isto será difícil”, afirmou uma fonte familiar com os serviços secretos à CNN.

A obtenção desta informação e a sua interpretação integram-se no esforço de 90 dias da administração de Joe Biden para descobrir as origens da pandemia. Esclarecer como o vírus passou de animais para selvagens para os humanos ou se teve origem em laboratório são outras questões que continuam sem resposta.

China rejeita acesso da OMS a laboratório e insiste que vírus teve origem nos Estados Unidos

Ainda na CNN, é dado conta que os meios de comunicação estatais e os políticos chineses insistem na teoria de que o SARS-Cov-2 teve origem num laboratório militar, o Instituto de Pesquisa Médica de Doenças Infecciosa, em Fort Detrick, Maryland. É uma teoria que circula desde março do ano passado e que foi reforçada na semana passada, quando as autoridades de Pequim instaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) a investigar o laboratório militar.

Por outro lado, Pequim declinou a proposta da organização internacional para realizar auditorias a laboratórios e mercados em Wuhan.

Um responsável das autoridades de saúde chinesas acusou mesmo que a OMS de “desrespeitar o bom senso e desafiar a ciência”.

Em março, um relatório preliminar da OMS sobre as origens da pandemia referia que a teoria de que o vírus tivesse tido origem em laboratório era “extremamente improvável”. Uma conclusão que foi cada vez mais contestado por responsáveis de países e cientistas ocidentais, que acusam a China de “impedir o acesso a dados e amostras originais completos”.

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