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Pfizer, Moderna, AstraZeneca… e a vacina russa, Sputnik V?

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Já aprovou três vacinas: Pfizer/BioNTech, Moderna e AstraZeneca/Universidade de Oxford. Também a da Janssen poderá ser aprovada ainda no primeiro trimestre de 2021. Ainda assim, a escassez de vacinas continua e Bruxelas está a pressionar para aumentar a capacidade de fabrico de vacinas ou para encontrar novas.

Apesar da polémica inicial, agora está sendo equacionada a utilização da vacina russa. Foi o próprio regulador europeu que admitiu estar em contacto com os produtores desta vacina que até já foi registada em países europeus como a Sérvia ou a Hungria. É a Sputnik V e foi uma das primeiras vacinas a ser administradas no mundo. Será segura e eficaz?

Como funciona esta vacina?

A Sputnik V é uma vacina de vetor viral, ou seja, utiliza outros vírus tornados inofensivos para o organismo humano e adaptados para combater a Covid-19. Trata-se da mesma técnica utilizada pela vacina da AstraZeneca, mas a vacina britânica baseia-se num único adenovírus de chimpanzé, já a russa utiliza dois adenovírus humanos diferentes para cada uma das injeções.

Segundo criadores da Sputnik V, a utilização de um adenovírus diferente em reforço da primeira injeção deverá causar uma melhor resposta imunológica.

Qual a sua eficácia?

A Sputnik V é segura e tem uma eficácia de 91,6% contra a Covid-19 a partir de 21 dias da toma, segundo os resultados da terceira fase dos ensaios clínicos publicados na revista científica The Lancet.

Importante realçar que os participantes do estudo tinham 18 ou mais anos, eram “cerca de 60% homens e quase todos brancos” e cerca de 25% tinha comorbidades associadas. Ainda assim, a nível etário, houve forte proteção em todos os grupos participantes, de acordo com os resultados.

Quanto tempo demora a fazer efeito?

A vacina russa foi desenvolvida para a toma de duas doses, mas ainda assim, em média, a imunidade necessária iniciou-se no 18º dia após a primeira dose.

Já foi pedida autorização à União Europeia?

A Rússia pediu à EMA para que a vacina Sputnik V seja registada a 20 de janeiro. Este é o primeiro passo para que o fármaco possa ser autorizado na União Europeia. O Fundo de Investimentos Diretos Russo (FIDR), um dos responsáveis pela vacina russa contra o novo coronavírus, espera que o processo de revisão da documentação e dos testes realizados comece este mês.

A EMA anunciou no final do mês passado estar em contacto com os produtores, mas não revelou mais informações.

Em que países já está registada?

Segundo o site oficial da Sputnik V, a vacina já foi registada em 15 países, dos quais Hungria, Sérvia, Argentina, Bolívia, Venezuela, Paraguai, Argélia, Palestina, Bielorrússia, Turquemenistão e na própria Rússia.

Quantas pessoas já tomaram esta vacina?

De acordo com o relatório publicado na revista The Lancet, 14.964 pessoas levaram a vacina no ensaio clínico. A este valor juntam-se 1,5 milhões de russos vacinados (cerca de 1% da população), de acordo com a informação divulgada na rede social Twitter.via @sputnikvaccine

No entanto, de acordo com especialistas ouvidos pelo jornal The Moscow Timeso governo russo poderá estar a sobreavaliar em cinco vezes o número de pessoas que vacinou.

É melhor que as vacinas já aprovadas pela EMA?

No que diz respeito à eficácia, a vacina desenvolvida na Rússia tem menos eficácia do que as vacinas da Pfizer (95%) e da Moderna (94%), mas mais do que a vacina da AstraZeneca (70%).

Esta vacina deve ainda ser armazenada nos 18 graus negativos. Isto é uma vantagem face ao fármaco desenvolvido pela Pfizer, mas uma desvantagem face à da AstraZeneca que pode ser armazenada em temperaturas semelhantes às de um frigorífico comum. Quanto à vacina da Moderna, o armazenamento é muito semelhante, pois esta deverá ser guarda a 20 graus negativos.

Qual é o preço?

De acordo com a informação disponível no site oficial, o preço não deve ultrapassar os 10 dólares (cerca de 8,3 euros). No entanto, o preço concreto de cada país será determinado por diversos fatores.

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