Um dos executivos da empresa explicou que a Meta pretende trabalhar com Trump tal como trabalhou com Biden durante o seu mandato –
Por Miguel Patinha Dias/Tech
Aempresa responsável pelo Facebook, Instagram e Threads – a Meta de Mark Zuckerberg – anunciou esta terça-feira, dia 7, que deixaria de contar com verificadores de factos para moderar conteúdo nas suas redes sociais.
Ao invés do método que tem sido adotado até aqui, Zuckerberg fez saber que a Meta integrará a solução Notas da Comunidade que é atualmente empregue pelo X – que faz com que sejam os próprios utilizadores a indicarem o que é verdadeiro ou falso nas plataformas.
Em conversa com o Business Insider, o responsável de marketing da Meta, Alex Schultz, admitiu que a eleição de Donald Trump teve influência nesta decisão da empresa.
“Vamos ajustar-nos a qualquer administração e fazemos sempre isso, penso que é apropriado. Já trabalhámos com a administração Biden durante o seu mandato. Trabalharemos com a administração Trump durante o seu mandato. As eleições têm consequências”, afirmou Schultz.
O executivo notou ainda que tem havido uma alteração na forma como os americanos encaram a censura, a liberdade de expressão e a moderação. “É uma grande, grande mudança. Por isso, sim, estamos a responder a isso nesta altura porque é a altura mais lógica para o fazer”, explicou Schultz.
Meta inspira-se no X e vai adotar a mesma solução para moderar conteúdo
Além de remover restrições em discussões sobre imigração e identidade de género, a empresa de Zuckerberg também vai remover os verificadores de factos –
A empresa responsável pelo Facebook, Instagram e Threads, a Meta, anunciou que vai flexibilizar as regras de moderação de conteúdo nestas redes sociais.
Mais ainda, a tecnológica de Mark Zuckerberg anunciou que estas plataformas também terão Notas da Comunidade – uma funcionalidade usada hoje em dia pelo X de Elon Musk ao invés de verificadores de factos.
“Temos visto esta abordagem funcionar no X – onde dão à comunidade o poder de decidir quando as publicações são potencialmente enganadoras ou precisam de mais contexto e as pessoas de uma vasta diversidade de perspetivas decidem que tipo de contexto é mais útil para que os outros utilizadores possam ver”, pode ler-se no comunicado da Meta. “Consideramos que esta é uma melhor forma de alcançar a nossa intenção original de providenciar informação às pessoas sobre o que estão a ver – e uma menos vulnerável a parcialidade”.
A Meta adiantou que as Notas da Comunidade começarão por ser lançadas nos EUA “ao longo dos próximos meses”, com as mudanças destas regras de moderação a irem ao encontro das queixas de que a empresa censura “demasiado conteúdo inofensivo”.
Como conta o site The Verge, a gigante tecnológica adianta ainda que vai remover várias restrições em tópicos como imigração e identidade de género, com o conteúdo político a regressar às redes sociais da Meta “com uma abordagem mais personalizada”.