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Média global foi de 13,54%, de acordo com o Serviço de Alterações Climáticas Copernicus –
O mês passado foi o fevereiro mais quente já registrado no planeta na era observacional. A temperatura média do ar na superfície foi de 13,54°C, ou 0,81°C acima da média de fevereiro de 1991-2020 e 0,12°C acima da temperatura do fevereiro mais quente anterior, em 2016.
As informações foram divulgadas hoje (dia 7) pelo Serviço de Alterações Climáticas Copernicus (C3S), sistema de observação da Terra da União Europeia..
De acordo com o Copernicus, fevereiro marcou o nono mês consecutivo com recorde mensal de temperatura. Desde junho de 2023 que todos os meses têm batido o recorde histórico mensal de temperatura.
O mês passado foi 1,77°C mais quente do que uma estimativa da média de fevereiro para 1850-1900, o período de referência para a era pré-industrial.
A temperatura média global dos últimos doze meses (março de 2023 a fevereiro de 2024) é a mais alta já registrada com 0,68°C acima da média de 1991-2020 e 1,56°C acima da média pré-industrial de 1850-1900.
Temperatura global
A temperatura global diária foi excepcionalmente elevada durante a primeira metade do mês, atingindo 2°C acima dos níveis de 1850-1900 em quatro dias consecutivos (8 a 11 de fevereiro).
Trata-se da segunda vez que a marca de 2°C foi atingida no conjunto de dados, a primeira entre 17 e 18 de novembro de 2023.
As altas temperaturas globais diárias foram associadas a grandes anomalias quentes simultâneas na América do Norte e na Eurásia.
Europeia
As temperaturas europeias em fevereiro foram 3,30°C superiores à média de fevereiro de 1991-2020.
As maiores anomalias ocorreram na Europa Oriental, onde, por exemplo, a Romênia registou máximos recordes e Lviv, no Oeste da Ucrânia, teve a temperatura mais elevada em fevereiro já anotada, de 17,8°C.
A Alemanha também passou por temperaturas recordes. Em contraste, houve poucas áreas onde as temperaturas foram mais baixas do que a média, como a Islândia e o Oeste da Rússia.
Fora da Europa
Fora da Europa, as temperaturas estiveram acima da média no Norte da Sibéria, no Centro e Noroeste da América do Norte, na maior parte da América do Sul, em toda a África e no Oeste da Austrália.
Áreas mais frias se concentraram em parte do continente asiático. Conforme o Copernicus, o inverno do Hemisfério Norte foi o mais quente já observado com temperatura 0,78°C acima da média de 1991-2020.
A temperatura do inverno europeu foi a segunda mais alta já registrada, depois do inverno de 2019/2020 que terminou com temperatura 1,44°C acima da média de 1991-2020.
Brasil: Chuvas intensas e calor marcam fevereiro de 2024
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o mês de fevereiro no Brasil foi marcado por episódios de chuvas que causaram alagamentos, deslizamentos e impactos no agronegócio.
Além disso, o mês também foi marcado por calor, típico do verão e influência do fenômeno climático El Niño.
Chuva
Nos últimos 30 dias, os maiores acumulados de chuvas ocorreram principalmente no centro-norte do país, devido à combinação do calor e alta umidade que contribuíram para formação de nuvens de chuvas.
Além da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que contribuiu com o aumento das instabilidades, provocando chuvas localmente fortes na faixa norte do Brasil.
Norte e Nordeste
Nas Regiões Norte e Nordeste, pancadas de chuvas localmente fortes foram observadas principalmente em áreas do Pará, Amapá, Piauí e Ceará. Destaque para:
- Fortaleza (CE) que acumulou 134,6 mm no dia 11;
- São João do Piauí (PI) com 173,8 mm no dia 19 e, no dia 21, essa mesma localidade registrou 178,0 mm;
- Parnaíba (PI) que registrou 154,8 mm também no dia 21.
Além disso, a combinação do calor e da alta umidade reforçado pela influência da ZCIT, provocou acumulados de chuvas em Oiapoque (AP), que acumulou 163,2 mm no dia 23 e Sobral (CE) que registrou 110,2 mm.
Centro-Oeste e Sudeste
A combinação do calor e da alta umidade foram os responsáveis por potencializar as instabilidades nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste, como nos municípios de Carlinda (MT), que registrou 101,4 mm no dia 1º; Comodoro (MT), com 125,0 mm no dia 11 e Três Lagoas (MS), com 126,6 mm no dia 15.
Logo em seguida, o avanço de um ciclone em alto mar influenciou com chuvas em Seropédica (RJ) com 108,4 mm no dia 16.
No Sul
Por fim, a combinação de baixas pressões, calor e a alta umidade provocaram chuvas na Região Sul, juntamente com os efeitos do fenômeno El Niño, que está atualmente perdendo força. Destaque para São Gabriel (RS), que acumulou 101,0 mm no dia 12.
Já no dia 18, a atuação de um ciclone no oceano influenciou as chuvas no Rio Grande do Sul, como em Canela, que registrou 129,2 mm no dia 18.