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Covid-19 matou mais de 4,5 mil trabalhadores da saúde no Brasil

Via nexperts

Mais de 4,5 mil profissionais da área da saúde morreram em decorrência do coronavírus no país entre março de 2020 e dezembro de 2021. Os dados foram levantados a partir de fontes oficiais e divulgados pela federação sindical Public Services International (PSI).

Além do Brasil, Zimbábue, Paquistão e Tunísia também foram escolhidos pelo órgão, que atua em parceria com as Nações Unidas, para o estudo. O levantamento mostrou que oito em cada dez profissionais mortos pela doença eram mulheres.

Mulheres auxiliares ou técnicas de enfermagem: esse é o perfil do profissional de saúde mais vitimado pela covid-19 (Fonte: Unplash/Önder Örtel)Mulheres auxiliares ou técnicas de enfermagem: esse é o perfil do profissional de saúde mais vitimado pela covid-19 (Fonte: Unplash/Önder Örtel)

Apesar de incompletos, os resultados mostraram que no Brasil os agentes de saúde foram mais atingidos do que a população em geral. Parte do problema foi causado pela exposição ao vírus, mas a deficiência de materiais de proteção individual também teve papel importante.

“Faltaram equipamentos de proteção, oxigênio, vacinas, medicamentos, sobraram mensagens falsas e desaforadas do governo. Até hoje os profissionais da linha de frente seguem desvalorizados no Brasil”, afirma Rosa Pavanelli, secretária-geral da PSI, para a Agência Bori.

O estudo também mostra que a mortalidade foi maior entre empregados de menor nível de renda. Os falecimentos de auxiliares e técnicos se avolumaram mais do que enfermeiros (70% dos primeiros contra 25% dos últimos).

Já os médicos formam o grupo menos atingido, contabilizando 5% dos mortos. Essa tendência em parte também é consequência da proximidade do profissional com os pacientes. Dois terços dos vitimados também não tinham contrato formal de trabalho.

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