Praticamente todo Feijão ou foi plantado ou replantado após as geadas de julho e junho –
O estado de São Paulo registrou sua pior estiagem em 91 anos, com a redução de área indicando a menor produção da década. As informações são do Ibrafe (Instituto Brasileiro de Feijões e Pulses), acrescentando que, se o mercado atual está calmo, com menor volume de negócios, o “cenário que está se formando no horizonte agita o setor”.
A entidade explica que o polo de produção de São Paulo agora no segundo semestre é o sudoeste do estado: “A situação de preços comparativos de soja com Feijão levaram novamente à redução de área daquela região. No ano passado, estima-se que foi plantado ao redor de no máximo 30 mil ha. A área que menos diminuiu foi da Holambra, onde no ano passado foi plantado ao redor de 18.000 ha e este ano pode ter reduzido cerca de 10%”.
“Altamente tecnificada e com investimentos na irrigação, deve dar boa produtividade. O restante da região tem produtores arrependidos neste momento de ter plantado Feijão. Praticamente todo Feijão ou foi plantado ou replantado após as geadas de julho e junho. A maior parte foi plantada na segunda quinzena de agosto. Solo gelado há todo tipo de problemas. Dificuldade de enraizamento, pragas e perda de vigor, somados à pior estiagem em 90 anos apontam que a produtividade será baixa”, projeta o presidente do Ibrafe, Marcelo Lüders.
De acordo com ele, o produto chegará ao mercado quando já houver escasseado o Feijão de Minas Gerais e Goiás. “Os produtores daqueles estados seguem em uma posição confortável. Sempre que o mercado acalma e os compradores ofertam abaixo de R$ 270, os produtores recuam e aguardam um ânimo diferente dos compradores para voltar a vender”, conclui.
Fonte: IBRAFE