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Mercado Reage Positivamente à Estabilidade na Taxa de Juros –
Nesta quinta-feira, o dólar apresentou uma queda significativa em relação ao real, refletindo a decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, encerrando uma sequência de sete cortes consecutivos.
Às 9h42, o dólar à vista caía 0,58%, cotado a R$ 5,4094. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento recuava 0,20%, a R$ 5,4110.
Os investidores começaram a digerir a decisão do Copom, amplamente esperada pelo mercado, de manter a taxa básica de juros. Essa medida foi tomada em um contexto de incerteza global e de resiliência na atividade econômica doméstica, com projeções de inflação em alta.
A unanimidade na decisão do Copom foi um ponto central, afastando os temores de uma divisão entre diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os remanescentes da gestão anterior. A semana havia sido marcada por críticas de Lula ao chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto, aumentando a especulação sobre possíveis discordâncias na reunião.
A decisão unânime reforçou o compromisso do Banco Central com a meta de inflação, uma posição sublinhada em declarações públicas recentes dos membros da autarquia.
“Sentimos um certo alívio no mercado pós-Copom, já que a decisão veio exatamente como esperado”, comentou Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos. “A volatilidade da última decisão foi tratada com cautela, e o comunicado mostrou um parecer técnico, indicando que a equipe será mais cautelosa com a redução de juros, mesmo diante de críticas do Executivo”, acrescentou.
A manutenção da Selic em um patamar mais alto torna o real mais atraente para estratégias de “carry trade”, onde investidores tomam empréstimos em países com taxas baixas e aplicam em mercados mais rentáveis, aproveitando o diferencial de juros.
Assim, o dólar devolveu parte dos ganhos acumulados em sessões recentes, quando as dúvidas sobre o compromisso do governo com o ajuste fiscal superaram o apetite por risco no exterior.
Na quarta-feira, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,4407, em leve alta de 0,13%, alcançando a maior cotação de fechamento desde 4 de janeiro de 2023. O desempenho do dólar no Brasil contrastava com seus resultados no exterior, onde o índice do dólar, que mede o desempenho da moeda frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,26%, a 105,480. A moeda norte-americana também avançava frente a divisas de países emergentes, destacando-se a alta de 0,83% em relação ao rand sul-africano.
Fonte: Portal do Agronegócio