segunda-feira, abril 15A NOTÍCIA QUE INTERESSA
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A falta que faz a internet no campo

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O McKinsey Global Institute calcula que o impacto da Internet das Coisas na economia mundial será de 4% a 11% do produto interno bruto do planeta em 2025. Já no Brasil, de 50 a 200 bilhões de dólares de impacto econômico anual –

Em relação ao agro, segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o uso de soluções de IoT no setor movimentará entre US$ 5 bilhões e US$ 21 bilhões até 2025. Como resultado, é esperado o aumento de até 25% na produção das fazendas e a redução de até 20% no uso de insumos. 

No entanto, um estudo encomendado pelo Mapa à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP), estima que 58% dos imóveis rurais no Brasil estão inseridos em condições de sinal insuficiente de celular 3G/4G e esse percentual é o mesmo tanto para pequenos, médios ou grandes imóveis. Esses números demonstram o tamanho do desafio e da oportunidade quanto o assunto é conectividade no campo. 

Para além de levar internet para as máquinas e às coisas, é necessário disponibilizar o acesso às pessoas. A conexão dentro e fora da porteira amplia as oportunidades de acesso à educação, à saúde, à capacitação e à integração social. Os benefícios são imensos também para melhorar a rentabilidade dos produtores. Um levantamento da ConectarAGRO estima que a conectividade representa uma economia média de R$ 178,00 por hectare. 

O acesso à internet pode promover tanto uma redução nos gastos em defensivos agrícolas (um dos maiores custos da operação), quanto em combustíveis e em manutenção, uma vez que essas decisões de compra e de contratação de serviços podem ser melhor planejadas. A redução de poucos centavos por hectares implica em uma economia significativa.

Outro ganho é em relação à gestão de pessoas. A conectividade implica em menor necessidade de deslocamentos e permite ampliar a segurança dos trabalhadores e dos operadores de equipamentos que podem ser monitorados e auxiliados à distância. O investimento para conectar uma propriedade é variável e depende da localização e da topologia da área, entre outros fatores. 

Tendo em vista o tamanho do desafio e levando em conta as dimensões continentais da área rural no Brasil, oito empresas (Trimble, AGCO, Climate, CNH Industrial, Jacto, Nokia, Solinftec e Tim) decidiram se unir e fundar a Associação ConectarAGRO que objetiva fomentar a conectividade no campo. Cientes da importância da causa, novos membros mostraram interesse e em breve a Associação deve receber novos sócios, totalizando 27 organizações integrantes.

Até o momento, são mais de 6 milhões de hectares com cobertura de sinal de internet distribuídos em oito estados (MT, MS, TO, MA, PI, BA, PR e RS), beneficiando mais de 600 mil pessoas e abrangendo mais de 25 mil quilômetros de rodovias conectadas. A meta é, até 2022, chegar a 13 milhões de hectares cobertos. Essa abrangência deve beneficiar mais de 1 milhão de residentes. 

Além disso, com o aumento da população em todo o mundo, a produção de alimentos e a agricultura precisam se tornar cada vez mais produtivas e capazes de entregar altos rendimentos em tempo limitado. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, “o mundo precisará produzir 70% mais alimentos em 2050 do que em 2006”. Tendo em vista essa necessidade, a conectividade no campo é fundamental para tornar todas as operações mais competitivas, permitir o monitoramento de produtos e de condições em tempo real e obter insights para prever problemas antes que ocorram e tomar decisões informadas para evitá-los. 

Giancarlo Fasolin é Gerente de Marketing da divisão agrícola da Trimble para a América Latina e membro do comitê de expansão do ConectarAgro.

Fonte: Assessoria de imprensa da Trimble

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