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Cana: Apesar da queda na moagem, produção de etanol anidro cresce 8,24%, diz Unica

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O estado de São Paulo registrou moagem de 20,62 milhões de toneladas (-12,95%) e nos demais estados da região Centro-Sul a quantidade processada na quinzena alcançou 15,17 milhões de toneladas (-9,15%) –
Cana: Apesar da queda na moagem, produção de etanol anidro cresce 8,24%, diz Unica

A quantidade de cana-de-açúcar processada pelas unidades produtoras do Centro-Sul alcançou 35,79 milhões de toneladas na 2ª metade de setembro, o que representa uma queda de 11,38% sobre o valor apurado na mesma quinzena da safra 2020/2021 – 40,38 milhões de toneladas. O estado de São Paulo registrou moagem de 20,62 milhões de toneladas (-12,95%) e nos demais estados da região Centro-Sul a quantidade processada na quinzena alcançou 15,17 milhões de toneladas (-9,15%).

Desde o início do ciclo 2021/2022 até 01 de outubro, a moagem acumula queda de 6,86%. Nesse período, a quantidade de cana-de-açúcar processada pelas usinas atingiu 467,44 milhões de toneladas, ante 501,88 milhões de toneladas na mesma data do último ciclo agrícola.

O número de unidades operando até 1º de outubro foi de 225 empresas. Até o momento, 36 empresas já terminaram a produção no ciclo 2021/2022. Está previsto o encerramento de mais 52 unidades produtores para a 1ª quinzena de outubro. As unidades que encerraram a safra até o final de setembro tiveram uma redução de moagem em relação à safra passada de 24,2%.

“Como esperado, a menor oferta de cana-de-açúcar levou a um término antecipado da moagem em muitas unidades produtoras. O estado de São Paulo é quem detém o maior número de unidades cuja moagem já se encerrou, reflexo dos efeitos da condição climática adversa, geadas e, por último, pela incidência de focos de incêndio”, destaca Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da UNICA.

Produtividade agrícola e qualidade da matéria-prima

Dados preliminares apurados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) para a primeira quinzena do mês de setembro, considerando uma amostra comum de 104 unidades, registraram produtividade de 58,2 toneladas por hectare colhido no mês ante 74,0 toneladas observadas no mesmo período na safra 2020/2021 – queda de 21,3%.

A qualidade da matéria-prima na 2ª quinzena de setembro, mensurada a partir da concentração de açúcares totais recuperáveis por tonelada de cana-de-açúcar, registrou 155,58 kg de ATR por tonelada, com retração de 3,47% em relação aos 161,18 observados no ciclo passado. No acumulado desde o início da safra até 1º de outubro, o indicador de concentração de açúcares assinala 142,71 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, uma retração de 0,1% em relação ao valor observado o ciclo 2020/2021.

Produção de açúcar e de etanol

Apesar da retração na moagem quinzenal, a produção de etanol anidro mantém a trajetória ascendente, com aumento de 8,24% na produção quinzenal. A fabricação do biocombustível atingiu 847,02 milhões de litros na segunda metade de setembro, frente a 782,6 milhões de litros em igual período de 2020.

A produção de açúcar retraiu 19,09% nos últimos quinze dias do mês e atingiu 2,32 milhões de toneladas, ante 2,87 milhões de toneladas verificadas em igual período do ano anterior.  A produção quinzenal de hidratado, por sua vez, alcançou 1,14 bilhão de litros, registrando queda de 18,29%

No acumulado desde o início da safra 2021/2022 até 1º de outubro, a produção de açúcar alcançou 29,19 milhões de toneladas, contra 32,06 milhões de toneladas verificadas em igual período do ciclo 2020/2021. A fabricação acumulada de etanol totalizou 22,79 bilhões de litros, sendo 8,9 bilhões de litros de etanol anidro (+24,43%) e 13,89 bilhões de litros de etanol hidratado (-15,37%). Do total fabricado, 1,63 bilhão de litros do biocombustível foram produzidos a partir do milho.

O executivo da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, destaca que “da redução total na produção de açúcar, de 2,87 milhões de toneladas em comparação com o mesmo período da safra anterior, 668 mil toneladas se deve à mudança no mix de produção de empresas que destinaram uma parcela maior da matéria-prima processada para o etanol”.

Vendas de etanol 

No mês de setembro, as unidades produtoras do Centro-Sul comercializaram um total de 2,46 bilhões de litros de etanol, registrando retração de 15,02% em relação ao mesmo período da safra 2020/2021. Do total comercializado no período, 194,45 milhões de litros foram destinados para o mercado externo e 2,26 bilhões de litros vendidos domesticamente.

No mercado interno, as vendas de etanol hidratado alcançaram 1,31 bilhão de litros, o que representa uma redução expressiva de 25,32% sobre o montante apurado no mesmo período da última safra (1,75 bilhão de litros). A quantidade comercializada de etanol anidro, por sua vez, apresentou aumento de 19,81%, com 954,2 milhões de litros vendidos em 2021 contra 796,45 milhões de litros em 2020.

O diretor da Unica explica que “o ajuste por meio dos preços deve equilibrar o mercado, adequando a demanda as condições de oferta mais limitada do etanol hidratado nessa safra. Por outro lado, os produtores estão priorizando a fabricação de etanol anidro, garantindo o pleno abastecimento da demanda mandatória associada à mistura do biocombustível na gasolina”. O executivo adiciona que “a redução nas saídas de etanol hidratado carburante no mês de setembro está em linha com a demanda apresentada pelas distribuidoras na reunião da mesa de abastecimento. A safra da região Norte-Nordeste, que a pouco se iniciou, já contribui para redução da cabotagem e transferências da região Centro-Sul”.

Desde o início da safra até o final de setembro, o volume acumulado de etanol comercializado pelas empresas do Centro-Sul se equiparou ao mesmo volume vendido em igual período do ciclo anterior: cerca de 14,75 bilhões de litros. Desse total, 929,06 milhões de litros foram destinados à exportação (queda de 35,66%) e 13,82 bilhões ao mercado interno (aumento de 3,87%). Do total comercializado domesticamente, o etanol anidro representou 5,15 bilhões de litros (aumento de 25,07%) e o etanol hidratado corresponde a 8,67 bilhões de litros (queda de 5,62%).

“Apesar da retomada no consumo de combustíveis e da quebra histórica na safra canavieira, estamos em uma condição de equilíbrio entre a oferta e a demanda por etanol. A antecipação do cenário observado garantiu o correto funcionamento do mercado, com redução de demanda por hidratado e estímulos à fabricação de etanol anidro”, explicou Rodrigues.

Fonte: UNICA

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