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A força das mulheres no agronegócio brasileiro

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As mulheres conduzem cerca de 20% das propriedades rurais no Brasil, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social no campo –
A força das mulheres no agronegócio brasileiro

O cenário no campo está mudando e se tornando gradativamente mais feminino. A pesquisa do MAPA e IBGE identificou 947 mil mulheres à frente dos negócios no campo. A maioria está no Nordeste (57%), seguida pelo Sudeste (14%), Norte (12%), Sul (11%) e Centro-Oeste, que concentra (6%) do universo de mulheres dirigentes. Do total geral de propriedades identificadas pela pesquisa (5,07 milhões), as mulheres são proprietárias de 19% e administram cerca de 30 milhões de hectares no Brasil, o que corresponde a 8,5% da área total ocupada. 

Para reforçar e reconhecer a importância feminina no agronegócio, o Dia Internacional das Mulheres Rurais é celebrado em 15 de outubro. A data foi estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), como reconhecimento pelo importante papel da mulher no meio rural. 

Carla Rossato, produtora paranaense, responsável por duas propriedades no Paraná, sendo uma no município de Sertaneja e outra em Santa Mariana, avalia que grande parte dos avanços nas áreas de gestão e manejo ocorreram devido à participação de mais mulheres no agronegócio. “Nas últimas décadas, a mulher conquistou um grande espaço em todos os setores da economia, e isso não foi diferente no agronegócio. As mulheres do campo já há alguns anos deixaram de ser as filhas e esposas dos proprietários de terra para se tornarem produtoras, engenheiras, agrônomas e técnicas. Ainda há muito espaço para melhorarmos, mas demos um passo muito importante”, afirma. 

Rossato atua há 15 anos na administração das fazendas e ressalta que, para o bom andamento dos negócios, homens e mulheres devem estar alinhados. 

Já para a produtora rural Anna Paula Nunes que administra uma fazenda em Boa Esperança do Sul, interior de São Paulo, “a tendência é o crescimento do agronegócio e ainda que seja um setor usualmente ocupado pela figura masculina, a mulher tem se especializado, implementando estratégias para uma gestão focada em relacionamento e em resultados”. 

Sônia Bonato, proprietária de uma fazenda em Ipameri, interior de Goiás, exalta a resiliência feminina. “Enxergamos o agronegócio de uma maneira diferente e por sermos mais resilientes, nos destacamos em uma visão empreendedora, voltada para as negociações junto a fornecedores. A presença feminina pode somar na gestão do campo”. 

A BRANDT, empresa norte-americana, especialista em fisiologia, nutrição vegetal e tecnologia da aplicação, presente em mais de 65 países e com forte atuação no Brasil, tem participado do crescimento feminino no campo e trabalha para que produtores e produtoras tenham em mãos tecnologias que respeitem os investimentos para garantir a nutrição vegetal eficaz e entregar resultados mais produtivos. 

Mais representatividade 

Desde 2015, o Ministério da Agricultura e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), são parceiros na Campanha Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos, focada em dar visibilidade às mulheres que vivem e trabalham em um contexto de desigualdades estruturais e desafios sociais, econômicos e ambientais. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) sob a ótica da Agenda 2030, traz no documento a importância de se investir mais no acesso da mulher rural à propriedade da terra e os efeitos negativos ao não cumprimento desses direitos, considerando o importante papel da mulher na agricultura familiar no Brasil. 

Para que isso de fato aconteça é necessário que haja uma maior participação feminina à frente das instituições que regulam o setor. “É preciso ter mais mulheres em postos de comando, tomando decisões em sindicatos e órgãos do governo. Precisamos de mais mulheres que nos representem, por exemplo, para igualdade de crédito e ampliação do acesso à assistência técnica. Temos muitos desafios, mas já conseguimos demonstrar quanto a presença feminina agrega à agricultura brasileira”, diz Sônia Bonato. 

Para Carla Rossato, é necessário formar uma rede de apoio às mulheres que querem ingressar no agronegócio. “Hoje em dia o caminho é mais fácil, a mulher tem mais suporte, e precisamos nos unir ainda mais para eliminar resistências à presença feminina. À medida em que mais mulheres ingressem no agronegócio, mais intensificado será esse movimento e melhores as chances de quebra de barreiras”, finaliza. 

Fonte: CDI Comunicação

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