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EUA, Reino Unido e Austrália juntam-se para defender a região Indo-Pacífico: e com “tecnologia de propulsão nuclear nos submarinos”

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 Expresso – Lusa –

Novo pacto chama-se AUKUS e foi anunciado esta quarta-feira. “Todos reconhecemos o imperativo que é garantir paz e estabilidade no Indo-Pacífico a longo prazo”, disse Joe Biden. Acordo pretende ajudar a cavar o fosso entre os EUA e a China, dizem analistas. França também poderá ser afetada

© Foto: Phil Mislinski

Os Estados Unidos da América (EUA), Austrália e Reino Unido anunciaram esta quarta-feira uma parceria histórica de segurança para defender os seus interesses na região Indo-Pacífico. O novo pacto, designado de “AUKUS”, possibilita aos três países “partilhar tecnologias avançadas, sobretudo tecnologia de propulsão nuclear nos submarinos”, de acordo com o jornal “Sydney Morning Herald”.

“Todos reconhecemos o imperativo que é garantir paz e estabilidade no Indo-Pacífico a longo prazo”, disse Joe Biden, Presidente dos EUA, na apresentação do AUKUS. “Temos de ser capazes de lidar com o atual contexto estratégico na região, e como se poderá desenvolver”, acrescentou. Segundo a imprensa internacional, a criação do AUKUS poderá esfriar ainda mais as relações entre os EUA e a China naquela região – embora um funcionário da Casa Branca tenha garantido ao “Washington Post”, sob anonimato, que o pacto não era direcionado a um país específico.

Boris Johnson, que esteve na apresentação da parceria de forma virtual, disse o seguinte: “Vamos ter uma nova oportunidade de reforçar o lugar de topo do Reino Unido na ciência e na tecnologia, fortalecendo o nosso conhecimento nacional. E talvez ainda mais significativo, o Reino Unido, a Austrália e os EUA vão estar ainda mais juntos a partir de agora”, congratulou-se o primeiro-ministro britânico.

Os três países concordaram em partilhar informação em áreas como a inteligência artificial, cibersegurança, e formas de defesa submarinas. Aliás, a parceria vai permitir à Austrália adquirir submarinos com propulsão nuclear, o que pode pôr em causa uma grande encomenda de mais de 60 mil milhões dólares australianos (cerca de 37,3 mil milhões de euros) à França.

Este acordo foi fechado em 2016 e prevê a construção de 12 submarinos de propulsão convencional. O custo total do programa pelo qual o Grupo Naval francês foi responsável chega a 50 mil milhões de dólares australianos (cerca de 31 mil milhões de euros). O contrato foi criticado cerca de vários meses pelo partido trabalhista na Austrália, que denunciou o seu custo.

Acordo é “irresponsável”, diz Pequim

“A cooperação entre os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a Austrália no que diz respeito aos submarinos nucleares prejudica de forma grave a paz e estabilidade regionais, intensifica a corrida ao armamento e compromete os esforços internacionais sobre a não-proliferação nuclear”, disse hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, Zhao Lijian, em Pequim.

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