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Expresso – André Manuel Correia –
A investigação — efetuada ao longo de 35 semanas, entre 14 de dezembro de 2020 e 14 de agosto deste ano — analisou os efeitos das vacinas em 4.217 pessoas, todas elas profissionais de saúde e outras que estiveram na linha da frente –
© Dado Ruvic/REUTERS
Um novo estudo, publicado pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, sugere que a eficácia das vacinas aprovadas contra a covid-19 foi reduzida para 66%. “Isso não é terrível, mas perdemos a chance que tínhamos de acabar com a pandemia”, apontam os investigadores.
“Demorámos muito tempo para ser vacinados e, agora que o vírus teve tempo para contornar as vacinas, as injeções têm aproximadamente 65% de eficácia”, advertem.
No entanto, defendem, as vacinas “ainda são muito eficazes” em prevenir doença grave e reduzir o risco de hospitalização. “Simplesmente não podem proteger de casos mais leves de covid-19”, sustentam os autores do estudo.
A investigação — efetuada ao longo de 35 semanas, entre 14 de dezembro de 2020 e 14 de agosto deste ano — analisou os efeitos das vacinas em 4.217 pessoas, todas elas profissionais de saúde e outras que estiveram na linha da frente.
Entre os participantes do estudo, 3.483 (83%) foram vacinados: 2.278 receberam as duas doses da Pfizer-BioNtech, 1.138 foram inoculados com o fármaco da Moderna e apenas 67 receberam a dose única da Janssen.
Quando foram aprovadas pelas entidades reguladoras, as vacinas da Pfizer e da Moderna (as duas que utilizam a tecnologia de mRNA) demonstraram uma proteção aproximada de 91% para prevenir infeções sintomáticas e assintomáticas provocadas pelo SARS-CoV-2.
Todavia, o facto de a variante Delta se ter tornado predominante veio prejudicar a eficácia das vacinas. Dos participantes que completaram o esquema vacinal, 24 acabaram por ser infetados, 75% dos quais desenvolveram sintomas de covid-19.
“Embora estes resultados provisórios sugiram uma redução moderada da eficácia das vacinas, a redução de dois terços do risco de infeção demonstra a importância e os benefícios da vacinação”, conclui o estudo do CDC.